Japamalas, poderosa simplicidade
- azizedelam
- Dec 29, 2021
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Updated: Apr 15, 2023
JAPA em sânscrito quer dizer "murmurrar, sussurrar"
MALA em sânscrito é "cordão de contas"
a palavra MANTRA também vem do sânscrito man que quer dizer mente ou pensamento e tra significa "proteger, socorrer".
Os japamalas são cordões de oração usados desde sempre por todo Mundo. Simples. Não estão circunscritos a nenhuma religião, são porém utilizados por muitas, e sim há religiosos que utilizam, há também agnósticos, curiosos, da Umbanda, do Candomblé, Católicos, Muçulmanos, Sufistas, Hindus, Budistas, e por aí vai.
São objetos seculares que acarretam muito poder, simplicidade que contém muita simbologia e metodologia, estão nele os poderes das pedras e dos materiais escolhidos, e aqui entra a intuição de quem os faz e de quem os adquire, mas é também matemática, ciência, física , metafísica, ontologia, filosofia, metodologia, axiologia, e mais.
Gosto da seleção de materiais que deve ser minuciosa, estou apaixonada pelo processo de elaboração que subtilmente tem alguma criatividade mas segue preceitos milenares, e isso faz me sentir parte de um processo de culto. Escolho sempre materiais naturais, pedras preciosas, semi-preciosas, sementes. Seleciono as matérias pela estética, cor, textura e pelas características, os benefícios que trazem. Alio isso a cordão de algodão, trabalhando as cores dos chakras, a seda pura e madeira.
Cada conta é unica, cada Japamala único, e são muito mais que objetos de adorno, e é isso que me motiva. Eu faço muitas outras peças de adorno, sou joalheira, mas fazer os japamalas, que à partida seria muito simples de elaborar pela aparente simplicidade de técnica, é de facto um exercício poderoso, não é mais fácil nem difícil mas é um exercício mais interno.
O uso diário e o contacto dos japamalas com a nossa pele vai tornando esses cordões parte de nós, capazes de limpar energias, transmutar a negatividade, lembrar que o nosso caminho só melhora com essa limpeza interna, com a nossa entrega. Não me lembro de nenhum objecto com essa responsabilidade. São colares, são adorno e são muito mais, são nossos aliados na busca por mais integridade interna, uma ponte entre nós e o Divino, entre nós e a Natureza, entre nós e nós mesmos.
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